sexta-feira, 9 de outubro de 2009

BAGAGEM


BAGAGEM


Deixo minha bagagem e vou só,
Não quero acompanhante na travessia,
Sou a dor que se esvai aos poucos
Quero descanso na minha vida.

Nos meandros que me embrenhei
Não saio dos labirintos,
São estranhas curvas no caminho
É o passado que grita sem ouvido.

Nostálgica poesia de minha alma
Formada de lembranças perdidas,
Presente estático na memória
Futuro sem ter como andar sozinha.

Assim os caminhos vão se perdendo
Nas curvas que a vida faz,
Meu coração fere de saudade
De um tempo que não volta atrás.


MÁRCIA ROCHA