quinta-feira, 22 de outubro de 2009

RIO





Rio,
caminho que anda
e vai carregando contigo uma dor,
ah! quantas pedras rolaste,
quantas pedras deixaste
sem vida e amor!
Vens, lá do alto da SERRA,
o ventre da TERRA
rasgando sem dó,
EU,
também venho do AMOR,
com a alma cansada
de dor e tão só!
Não viste a flor se curvar,
teu leito beijar
e ficar para trás?
Tens a mania doente,
de andar só pra frente,
não volta jamais!
RIO,
caminho que anda,o MAR te espera,
não corras assim!
EU, sou o MAR que espera,
ALGUÉM que não corre,
prá mim!


Guia Bezerra