Alvas Castanholas
Já soam as castanholas,
É ela, soberba, sutil,
Tangenciando a madrugada,
Soltando em cada estribilho
Um rastro divino de paixão!
Os violões,
São enluarados no olhar
Difuso no rodar da saia
Do chale dançando,
Envolvendo os segredos!
Os pés,
Flutuam entre rubras rosas,
Em um compasso único
Sentido, vivido, marcado
Ao vibrar do coração!
O corpo
Vem se despindo
Ao som, ao rodopiar
Das brumas, das runas
Prontas para amar!
(Auber Fioravante Júnior)
