domingo, 8 de novembro de 2009

VESTES DA ESPERANÇA





VESTES DA ESPERANÇA

Quero lavar minha alma empoeirada
na gratuidade e leveza
da água corrente.

Pintar de riscos e compassos
novos sentimentos.

Desnudar-me de escuras vestes
e cobrir-me de um verde esperança.

Nascer no peito fome do novo...

Bater na porta de entrada da vida
e arranhar as paredes
até o seu abrir derradeiro.

Jogar chamas de crença nos sonhos
incendiando de realidade boa
meus dias de pesadelo.

Quero um vento que corte
meus vis pensamentos
e uma rede para pescar nova ilusão.

Pois sei que vivo à sete palmos da alegria
pois pressentida e perto me perfuma.

Quero o fogo dessa sensação
queimando as entranhas do meu sêr.

As graças da emoção aflorando em mim
como malha tecida de um novo amor
leve e livre sentido... fio à fio.

Rosy Moreira