sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Versos vazantes...
Versos vazantes...
Do terraço, último andar da torre da minha existência
Atirei ao vento os poemas que escrevera
Com minh’alma apaixonada...
Eram cânticos extraídos do coração enamorado
A mulher que amei, a bem da verdade, nunca existiu
Era fruto da minha imaginação, musa inspiradora
Que julguei ser adequada a minha personalidade
Ocupava meus pensamentos e preenchia os meus vazios
Eu precisava ser razoável comigo mesmo, amar-me mais
Decidi então, poupar-me, dar-me um tempo
Refazer-me dessa frustrante utopia em que vivia
Talvez eu deva procurar um amor verdadeiro
Pensando melhor, sem essa de sair a procura de alguém
Nunca fui bom nisso, vou deixar que ela me encontre
Que o destino, os anjos, os deuses ou mesmo o universo
Numa inconfidente conspiração possa trazê-la até mim
São coisas em que eu acredito, ficarei na expectativa...
Que ela, a escolhida, tenha uma alma pura e forjada...
Da mais pura liga de amor, que se apresente, apareça...
Em minha porta com um belo sorriso pueril nos lábios
Indagando e exclamando:
Foi daqui que desperdiçaram lindos versos de amor?
Eu achei-os! Quero devolvê-los! E saber se ainda...
Está disponível o coração de quem os escreveu!
Ricardo G Denunes