segunda-feira, 17 de maio de 2010

Noite de insônia







É Noite de insônia, coisa natural em mim
Aproveito o tempo!
E escrevo, mesmo sendo noite de insônia e febril
Estou em pedaços, em cacos ...
Cacos absurdamente conscientes
Das dores...
Dos risos...
Na contramão do tempo
Ah! Que angustia, que náusea do estomago à alma!
Que amigos que tenho tido!
Acidente da inconseqüência da superfície das coisas...
Carinhos?Afetos?São Memórias?
Falem pouco, devagar.
Que eu não ouça ,sobretudo com o pensamento....
Agora a noite tem uma só cor.
O tempo, esse, deixou de correr.
Os ponteiros esbarram um no outro e por isso se movem, involuntariamente.
A vida continua, mas em câmara lenta, num vagar doloroso.
E neste momento, enchem-me a memória estes versos...
Pouco a pouco, da angustia de mim vou eu mesmo emergindo
Ah! A febre? Esta também cessara...
Finda a noite...
Vem o sol...


Ignez Sparapanni