
sábado, 30 de janeiro de 2010
Morre não, velha mãe!

Morre não, velha mãe!
Os dias hoje cravam sua imagem
De baitas cicatrizes.
E em cada verso cansura,
O universo de Adorama
Parece mais um berro sangrento;
Sempre escarafunchado pelos
atalhos e pinguelas
Do seu cotidiano tão caipira
(já se faz difícil beber a tragédia do seu morrê à míngua)
As margens do pensamento perdem-se
Feito as nuvens arcoirizadas,
Que o céu dispenca
Pra mode embalar sua infantil velhice.
Aliás, é por isso que
Adorama ainda é uma fotografia
Quase sépia de um tempo
Infinitamente verão
Ignez Sparapanni
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Nesse Momento!

Nesse Momento!
Foi à vida
A criada que acaricia e bate
Que mata a poesia tão linda
É tudo um lamento
De uma partida perdida
Dos sorrisos desassossegados
Dos desenganos dos olhos de carne cegados
Queria descrever tudo
O que se passa, com a alma
Quando solitária perambula
Por caminho recolhido.
Quero pensar, mas ha limites que me sufocam
Que escravidão e essa. que me abala o sentimento?
Queria tanto te fazer ouvir uma canção inusitada,
Agradecer-te a cada momento de sua dedicação,
Do seu amor que a mim perdoou em travessuras serias,
mas com seu amor incondicional tudo apagou...
Mas meu coração esta assim... fechado!
Quero a bola de chiclete, quero a boneca de tranças
Quero meu sorriso escancarado, de felicidade plena.
Mas não o tenho agora, então fica aqui meu pedido de perdão...
Ou me cabe
Modular fluindo no instante:
O ato suspenso antes de ser,
Levada aos píncaros à melhor maneira.
Correr nas estradas ou rolar com o planeta,
Aos ventos da vida e energias das estrelas,
Para ser essa Menina-Mulher _Enigma
Participar, ás margens do permitido
Com visionário e poeta dissidentes,
Na busca do indefinido
dedicado ao amigo e poeta Ricardo G Denunes
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
Porto das ilusôes
Porto das ilusôes
Ontem à tarde
A menina aportou
Para olhar o fim da tarde velejante
Despejar seu jeito depois
Jazer em junto ao lajeado cais.
(igualzinho a um poema)
E por um momento
A menina desconfiou
Que a vida desmanchava-se ali.
Logo depois
Já em face a face da noite
A menina descobriu seu coração em atalhos
Porque os sonhos-primeiros tinham partido
Lépidos
Numa estranha sombra de mar
Todinha estampada de estrelas, lua, brancas areias, azaléias
(igualzinho a um poema)
Em seguida
A menina ensaiou um gesto qualquer de tristeza
Simples sorriso de outono
Ensaiou; mas saiu apenas um
Gesto qualquer de alegria
Simples sorriso de outono
Bem mais tarde
A manhã veio naufragar brejeira nos olhos da menina
Naquelas poucas águas. paradas de tanta partida e
Fantasia
Ignez Sparapanni
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
e um novo ano ...

...E nessa historia toda o ano acabou passando feito um relâmpago fortefrio
Afiado, atrevido e faminto de aventuras. Passou despindo os pesares ares de emoções moças moções
esculpindo as culpas passos vendavais vendas anais
colorindo os corpos casos marcas e marquises
exigindo o giro sol a sol
sumindo na desavença do perder de vista
repartindo as parcas partes e feitos
tingindo de sombra umbrais surrados:
(E tanta gente nem sequer saiu às janelas para saber das poucas chances que tivemos de viver.
E pouca gente saiu às praças-arenas para viver as tantas lutas que ainda é preciso fazer)
... E o ano acabou passando. Reticente... como um choro de um pássaro em leque esvoaçante
Passou despejando no seu acaso os entojados cartões de natal, jurantes incertos por Jesus Cristinho e pelas estrelas poentes que agora é tempo de gotejar o ar um jeito para nascer de novo.
Mas acabou passando.
No entanto, já vamos-nos, a destilar esperanças
Com os olhos do rosto e da alma bem ativos, acesos.
(mesmo quando lagrimejados de gás ou de noite).
A voz e canto, o canto em coro.
Os braços tigrinos, untados de uma certeza lépida.
E os peitos e os corações atentos, espalmados
feito essa larga vontade que nos embebe embala
Nesse novo ano, fazer esgotar pelos bueiros da vida
as lagrimas fartas de tristezas
e as indolentes angustias
que deixaram em pedaços nossa ventura de viver
beijos
Ignez Sparapanni
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